Tem o objetivo de destruir as células leucêmicas,
para que a medula óssea volte a produzir células normais. O grande
progresso para se obter a cura total da leucemia foi alcançado com a
associação de medicamentos (poliquimioterapia), controle das complicações
infecciosas e hemorrágicas e prevenção ou combate da doença no Sistema
Nervoso Central (cérebro e medula espinhal). Para alguns casos, é
indicado o transplante de medula óssea.
O tratamento é feito em etapas. A primeira tem a finalidade de obter a remissão completa, ou seja, um estado de aparente normalidade após a poliquimioterapia. Esse resultado é alcançado um a dois meses após o início do tratamento (fase de indução de remissão), quando os exames (de sangue e da medula óssea) não mais evidenciam células anormais.
Entretanto, pesquisas comprovam que ainda
restam no organismo muitas células leucêmicas (doença residual), o que
obriga a continuação do tratamento para não haver recaída. Nas etapas
seguintes, o tratamento varia de acordo com o tipo de célula afetada
pela leucemia. Nas linfoides, pode durar mais de dois anos, e nas
mieloides, menos de um ano. São três fases: consolidação (tratamento
intensivo com substâncias não empregadas anteriormente); reindução
(repetição dos medicamentos usados na fase de indução da remissão) e
manutenção (o tratamento é mais brando e contínuo por vários meses). Por
ser uma poliquimioterapia agressiva, pode ser necessária a internação
do paciente nos casos de infecção decorrente da queda dos glóbulos
brancos normais pelo próprio tratamento.
- Transplante de medula
O transplante de medula óssea consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula.
O transplante pode ser autogênico ou alogênico. No caso dos autogênicos, a medula provém do próprio paciente. O alogênico é feito a partir de células precursoras de medula óssea obtidas de doador. A escolha entre o transplante autogênico ou alogênico é baseada no tipo de câncer, na idade, no estado geral do paciente e na disponibilidade de um doador compatível.
Depois de se submeter a um tratamento que destrói a própria medula, o paciente recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. Essa nova medula é rica em células chamadas progenitoras, que, uma vez na corrente sanguínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem. Durante o período em que estas células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o paciente fica mais exposto a infecções e hemorragias. Isso acontece por duas a três semanas e cuidados com a dieta, limpeza e esforços físicos são necessários.
O paciente precisa ficar internado e, apesar de todos os cuidados, os episódios de febre são frequentes. Após a recuperação da medula, o paciente continua a receber tratamento, só que em regime ambulatorial, sendo necessário, em alguns casos, o comparecimento diário ao hospital.
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