Entrevistado: Henrique Minucci do Amaral, 24 anos
Sua mãe (portadora de leucemia): Marisa Minucci do Amaral, faleceu aos 58 anos
Câncer: Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
O câncer foi descoberto em Junho de 2007, ela faleceu dia 01 de Maio de 2016, conviveu com a doença 8 anos e 11 meses, o entrevistado (seu filho) possuía 13 anos quando sua mãe foi diagnosticada com Leucemia.
Pergunta: Como a família recebeu a notícia da doença? E você?
Resposta: Meu pai levou minha mãe no Hospital São Vicente para fazer o procedimento de biópsia da Medula por conta dos sintomas que ela já apresentava. O médico solicitou que meu pai fosse sozinho ao CEMAE buscar o resultado e conversar pessoalmente com ele, então no dia que saiu o resultado, meu pai foi lá e conversou diretamente com o médico que informou sobre a doença e que já estava com o quadro muito avançado. Chegando em casa ele reuniu a família e nos informou sobre a doença e foi assim que a gente ficou sabendo.
Pergunta: Qual foi o tipo de tratamento utilizado no início?
Resposta: A partir daí ela começou com o tratamento quimioterápico, "imediatamente né", tomando o medicamento Hydrea (medicamento utilizado para tratamento de leucemia) e a medida que o tempo foi passando, devido aos efeitos adversos, ela utilizou outros medicamentos também, no decorrer da doença.
Pergunta: Tinha possibilidade de fazer o Transplante de Medula?
Resposta: Tinha a possibilidade, já que minha tia, a irmã dela, era compatível com ela, porém devido a orientação médica foi continuado o processo quimioterápico, até porque tinha uma chance de recuperação muito grande com a quimioterapia apenas e o transplante somente no ultimo caso mesmo, que era orientado a se fazer.
Pergunta: Quais as maiores dificuldades enfrentadas durante o tratamento?
Resposta: A maior dificuldade que nós enfrentamos durante o período foi justamente os efeitos adversos das medicações, já que ela sentia muito enjoo, teve a queda de cabelo também, as vezes acabava tendo uma baixa auto estima também por conta disso, falta de apetite, algumas feridas apareceram também, principalmente ao redor da boca, algumas medicações que ela tinha que tomar e eram através de injeções, dia sim dia não. Uma técnica de enfermagem amiga nossa aplicava as injeções, então eu acredito que essas tenham sido as maiores dificuldades que a gente enfrentou.
Pergunta: Já tinha algum conhecimento da doença antes da descoberta?
Resposta: Não, porque nós não tínhamos passado por isso com nenhum amigo, parente, vizinho até então, devido a isso foi um "baque" pra gente conviver com a doença que a gente via em novelas, mas que até aquele momento era algo desconhecido pra gente.
Pergunta: A busca pelo tratamento foi fácil ou vocês encontraram alguma dificuldade?
Resposta: O tratamento foi iniciado imediatamente sem muita dificuldade, mas, devido aos efeitos adversos que foram aparecendo e teve que trocar a medicação. Essa nova medicação segundo os médicos, o único local que teria suporte para dispor dessa medicação era a capital (Salvador), por conta disso ela foi transferida pra Salvador, que foi onde ela passou a maior parte do acompanhamento do tratamento dela.
Pergunta: Quais eram os sintomas que ela sentia antes de descobrir a doença?
Resposta: Os efeitos iniciais foram o cansaço que ela já vinha sentindo, e o inchaço abdominal muito grande, e a gente não sabia exatamente o que era, então acabou demorando um pouco pra procurarmos ajuda médica e foi quando foi realizado a biópsia e foi descoberto o câncer. Foi informado que esse inchaço era devido às células cancerígenas no baço e por conta disso tava ocorrendo muita dor no estômago e na região abdominal e também já estava num estado muito avançado, ela estava muito debilitada e o médico até desacreditou que ela pudesse se recuperar mesmo fazendo a quimioterapia, mas os dias foram passando e ela conseguiu suportar 8 anos com a gente.
Pergunta: Como foram os últimos dias de vida dela?
Resposta: Acredito que independente de qualquer coisa, todos os problemas que aconteceram durante todos esses anos minha mãe era uma pessoa feliz e além disso ela tinha uma fé muito grande, então todas essas barreiras ela enfrentava de cabeça erguida e isso com certeza foi um exemplo para todos nós porque a vontade que ela tinha de viver, de cuidar dos filhos e da família era tão grande que ela não deixava se abater tão fácil, mesmo com todos os problemas e todos os acontecimentos ela permanecia forte e o amor dela por nós era muito grande então isso a fortaleceu durante esses dias. Nos últimos dias, na verdade últimos meses, acredito que foram os piores para todos nós porque foi quando nos sentimos de mãos atadas já que a ultima medicação que tinha pra ela dos médicos era a que ela já estava tomando, e não tava mais surtindo efeito desejado e infelizmente também a plaquetopenia (nível de plaquetas mais baixo que o normal), ela estava muito debilitada e então devido a isso ela acabou sendo internada algumas vezes para fazer transfusão de plaquetas e parou de tomar a medicação, foi quando foi chegando a fase final do câncer e devido as estas questões foi desencadeando outros problemas e ela veio a óbito.
Câncer: Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
O câncer foi descoberto em Junho de 2007, ela faleceu dia 01 de Maio de 2016, conviveu com a doença 8 anos e 11 meses, o entrevistado (seu filho) possuía 13 anos quando sua mãe foi diagnosticada com Leucemia.
Pergunta: Como a família recebeu a notícia da doença? E você?
Resposta: Meu pai levou minha mãe no Hospital São Vicente para fazer o procedimento de biópsia da Medula por conta dos sintomas que ela já apresentava. O médico solicitou que meu pai fosse sozinho ao CEMAE buscar o resultado e conversar pessoalmente com ele, então no dia que saiu o resultado, meu pai foi lá e conversou diretamente com o médico que informou sobre a doença e que já estava com o quadro muito avançado. Chegando em casa ele reuniu a família e nos informou sobre a doença e foi assim que a gente ficou sabendo.
Pergunta: Qual foi o tipo de tratamento utilizado no início?
Resposta: A partir daí ela começou com o tratamento quimioterápico, "imediatamente né", tomando o medicamento Hydrea (medicamento utilizado para tratamento de leucemia) e a medida que o tempo foi passando, devido aos efeitos adversos, ela utilizou outros medicamentos também, no decorrer da doença.
Pergunta: Tinha possibilidade de fazer o Transplante de Medula?
Resposta: Tinha a possibilidade, já que minha tia, a irmã dela, era compatível com ela, porém devido a orientação médica foi continuado o processo quimioterápico, até porque tinha uma chance de recuperação muito grande com a quimioterapia apenas e o transplante somente no ultimo caso mesmo, que era orientado a se fazer.
Pergunta: Quais as maiores dificuldades enfrentadas durante o tratamento?
Resposta: A maior dificuldade que nós enfrentamos durante o período foi justamente os efeitos adversos das medicações, já que ela sentia muito enjoo, teve a queda de cabelo também, as vezes acabava tendo uma baixa auto estima também por conta disso, falta de apetite, algumas feridas apareceram também, principalmente ao redor da boca, algumas medicações que ela tinha que tomar e eram através de injeções, dia sim dia não. Uma técnica de enfermagem amiga nossa aplicava as injeções, então eu acredito que essas tenham sido as maiores dificuldades que a gente enfrentou.
Pergunta: Já tinha algum conhecimento da doença antes da descoberta?
Resposta: Não, porque nós não tínhamos passado por isso com nenhum amigo, parente, vizinho até então, devido a isso foi um "baque" pra gente conviver com a doença que a gente via em novelas, mas que até aquele momento era algo desconhecido pra gente.
Pergunta: A busca pelo tratamento foi fácil ou vocês encontraram alguma dificuldade?
Resposta: O tratamento foi iniciado imediatamente sem muita dificuldade, mas, devido aos efeitos adversos que foram aparecendo e teve que trocar a medicação. Essa nova medicação segundo os médicos, o único local que teria suporte para dispor dessa medicação era a capital (Salvador), por conta disso ela foi transferida pra Salvador, que foi onde ela passou a maior parte do acompanhamento do tratamento dela.
Pergunta: Quais eram os sintomas que ela sentia antes de descobrir a doença?
Resposta: Os efeitos iniciais foram o cansaço que ela já vinha sentindo, e o inchaço abdominal muito grande, e a gente não sabia exatamente o que era, então acabou demorando um pouco pra procurarmos ajuda médica e foi quando foi realizado a biópsia e foi descoberto o câncer. Foi informado que esse inchaço era devido às células cancerígenas no baço e por conta disso tava ocorrendo muita dor no estômago e na região abdominal e também já estava num estado muito avançado, ela estava muito debilitada e o médico até desacreditou que ela pudesse se recuperar mesmo fazendo a quimioterapia, mas os dias foram passando e ela conseguiu suportar 8 anos com a gente.
Pergunta: Como foram os últimos dias de vida dela?
Resposta: Acredito que independente de qualquer coisa, todos os problemas que aconteceram durante todos esses anos minha mãe era uma pessoa feliz e além disso ela tinha uma fé muito grande, então todas essas barreiras ela enfrentava de cabeça erguida e isso com certeza foi um exemplo para todos nós porque a vontade que ela tinha de viver, de cuidar dos filhos e da família era tão grande que ela não deixava se abater tão fácil, mesmo com todos os problemas e todos os acontecimentos ela permanecia forte e o amor dela por nós era muito grande então isso a fortaleceu durante esses dias. Nos últimos dias, na verdade últimos meses, acredito que foram os piores para todos nós porque foi quando nos sentimos de mãos atadas já que a ultima medicação que tinha pra ela dos médicos era a que ela já estava tomando, e não tava mais surtindo efeito desejado e infelizmente também a plaquetopenia (nível de plaquetas mais baixo que o normal), ela estava muito debilitada e então devido a isso ela acabou sendo internada algumas vezes para fazer transfusão de plaquetas e parou de tomar a medicação, foi quando foi chegando a fase final do câncer e devido as estas questões foi desencadeando outros problemas e ela veio a óbito.
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